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sexta-feira, maio 26, 2017

Entrevista com Muniz de Albuquerque, autor de Desde que te vi

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     Olá Leitores!
       O escritor e advogado Rosival Muniz nos contou um pouco sobre sua inspiração para escrever os poemas que compõem o livro "Desde que te vi", de sua autoria.
Para essa entrevista, contamos com a participação de alguns outros blogs e instagrans literários para montagem das perguntas. Confira...

Você pode ler a resenha de Desde que te vi, click aqui!
Me Fale um pouco sobre você.

    Nasci Rosival Aluízio Muniz de Albuquerque em 1954, paraibano de Queimadas. Vivi a melhor parte da minha infância em Orós, CE, juventude feliz em Campina Grande, PB e a partir dos 21 anos viajei pelo Brasil como vendedor para custear os estudos, fixei residência em São Paulo, capital, desde 1992.
Cursei teologia em São Paulo, SP, direito em João Pessoa, PB, casei-me com a enfermeira Keila, sou advogado, tenho um filho de 23 anos, Matheus, que é arquiteto e é quem cuida da bio @_desdequetevi (toda a criação foi ideia dele).
Há anos escrevo poemas publicados em revistas, jornais, na internet, blogs, sites e agora neste livro: Desde que te vi

Fale um pouco sobre seu livro, Desde que te vi.

        O livro Desde que te vi possui 80 poesias, em 158 páginas, ele é fruto de poemas que fiz desde quando tinha 24 anos, portanto abrange todas as fases de minha vida. Os poemas são dedicados à minha esposa, amigos e amigas, de cunho social, político e religioso. São poemas leves, a maioria de estilo livre, sem rimas mesmo quando toca em temas polêmicos, como política, social e religião.

Com quantos anos você começou a se interessar pelos versos?

     Desde criança, 6 ou 7 anos, leio de tudo, mas a minha leitura principal era a Bíblia. Comecei a ler a Bíblia com 7 anos e nela há livros que são poéticos, como os Salmos, Cantares, Provérbios e outros, a poética bíblica é bem diferente da que temos hoje, mas é fascinante. Gosto dos autores brasileiros, creio que já li a maioria, como Castro Alves, Casimiro de Abreu e outros. Lembro, quando tinha uns 15 anos, li o livro O Guarani, de José de Alencar, em um dia. Quanto a escrever poema só aconteceu após os 24 anos.

Porque você decidiu publicar um livro?

       A decisão surgiu de um incômodo ao ver os poemas se acumularem sem virar livro. O que se escreve não é feito para ser aprisionado, como ave em gaiola, sentia realmente isto, poemas presos, isto incomodava, me entristecia, até que criei coragem e publiquei de forma autônoma, sem ajuda de uma grande editora. Mas a sensação de publicar um livro é indescritível, é como deixar esse pássaro voar, não sei onde ele pousará, mas espero sempre que cumpra sua missão, mas na ponta o livro sempre dependerá do leitor para querer comprar e querer ler.

Quanto tempo e quais as dificuldades que você encontrou para publicar a sua recente obra?

       Quando comecei a escrever poemas, a maior parte deles fazia para meus amigos, amigas e família, minha intenção primeira era homenageá-los, mostrar minha amizade e ou às vezes brincar com eles. Eles gostavam da ideia e eu também. Não tinha outra intenção. Fui diversificando os temas, sociais, políticos e religiosos.  Com os anos vi o acúmulo de poemas. Tentei várias vezes contato com grandes editoras, mas sem sucesso, a resposta deles era a mesma: “Escreva algo para crianças e me procure, pois é a bola da vez, ninguém compra poesia” Mas minha produção parada, escondida, me queimava por dentro, ansiava vê-la ganhar o mundo, mas as palavras das editoras desanimava e postergava a publicação. Recentemente descobri uma editora que apenas edita e publica livros, a venda e distribuição é por conta do autor. O preço da publicação estava dentro das minhas possibilidades e aconteceu de o livro surgir. Esta caminhada levou mais de 60 anos. No Brasil publicar um livro equipara-se a uma epopeia, que se não tiver perseverança e apoio, principalmente da família, mata o sonho ainda no início.

Alguém lhe apoiou a lançar esse livro? Quem?

        Apoio moral você encontra de todos que te cercam, mas é somente a família que soma e multiplica esforços e divide as dívidas. Minha esposa Keila e o filho Matheus foram e são tudo desde a publicação até o momento, com a propaganda e venda.

O que seus amigos e familiares acharam?

      No Brasil acontece algo irritante, os amigos apenas dão apoio moral, pois no momento que o livro é publicado todos querem que você os presenteiem. Eu sei o custo de um trabalho pronto, sempre comprei livros e CDs de amigos e até de autores desconhecidos, que vendem suas obras nas ruas. Agindo assim, sei que estou incentivando-os a sonhar e produzir novos trabalhos. Toda minha família me incentivou. Meus irmãos foram os primeiros a comprar mais de cem livros, preço comercial, para distribuir a amigos e clientes. Quanto aos amigos estão esperando que eu os dê de presente, é triste!

Para quem você dedicou ou dedica a sua obra?

     Dediquei o livro para minha esposa e filhos, pais e sogros, senti muito a ausência dos meus pais e sogros, por terem falecidos recentemente. Como o livro contém poemas para amigos e amigas todos eles são homenageados nesta obra. Mas minha maior inspiração é o nosso Deus, a Ele devo tudo.

Qual o poema do livro Desde que te vi que você mais se indentifica?

        O poema “Entardecer” fiz para mim, é o sentimento de quem vê a vida entre os 30 e 60 anos, este período da vida é mágico, gostaria que o tempo parasse nele. Veja o poema abaixo e tire sua conclusão:
Entardecer Amanheci para a vidaSem medo de viverPeguei a felicidadeE corri para você.Entardeci com os diasQue os anos me deramAmadureci, viviE só isso me bastariaNego-me a anoitecerFechar os olhos e esmorecerAmanhecer seria bomMas entardecer me bastaria.

Você se inspira em algum escritor? Qual?

      Como dizia o sábio Salomão, personagem bíblico: “Nada há de novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9). A ideia ou inspiração para um poema ou qualquer outra criação vem daquilo que nos cerca como uma frase, uma ocasião, um sentimento, um lugar, um acontecimento. Alguns escritores e ou filmes me despertaram boas ideias, como o início do poema “In concert” (págs. 109) que vi em Fernando Pessoa;  “O Ruminante” (págs. 121), tem o estilo Augusto dos Anjos; “Tão, tão natural” (págs. 15), cujo “tão tão” era repetido no filme do Shrek; “Canção pelo Brasil (págs. 146), Gonçalves Dias; “Improviso para Zaine” (págs. 83) tem o espírito brincalhão do nordestino, entre outros. Como vê, meu gosto literário é diversificado, não tenho apego exclusivo a nenhum autor.



*Pergunta feita por @indicandonacionais- Walli Silva

Qual é a maior dificuldade para um escritor?

      Minha maior dificuldade, como autor iniciante e creio de todos, é não contar com o apoio de uma grande editora, (para produzir e distribuir o livro), mas creio que isto se deve também ao brasileiro não ser um bom ledor ou comprador de livros, principalmente dos autores nacionais. Cabe a nós incentivar a criança a ler, começar cedo é muito importante.

*Pergunta feita por @Atravez_estante- Kat

 Qual sua maior inspiração?

       Minha inspiração não é seletiva, mas eclética, gosto de ler a Bíblia mas desde criança leio tudo o que me vem às mãos. Só não gostava dos livros e revistas que antigamente chamavam de “literatura de terror”. Não me apego a nenhum assunto, pessoa ou autor especificamente, estou sempre de mente aberta para ler, receber as influências ao meu redor e escrever sobre qualquer coisa que me toca, ou que me chama a atenção.

*Pergunta feita por @concilia_la-

 O que seria de Rosival Muniz sem o dom da escrita?

       Antes do escritor vem o leitor. Se me tiram um livro ou revista das mãos sinto-me como sem uma parte do corpo. É uma sensação desagradabilíssima. O escrever serve como terapia, cartase, desabafo, calma, paz, diversão, satisfação, comunicação, relacionamento etc. Portanto, se parar de escrever explodo (rsrsrs).

*Pergunta feita por @adoramos.ler

Qual é a sensação de entrar em uma livraria e ver o próprio livro a venda?

       A primeira sensação é de alegria e de dever cumprido, a segunda é de ansiedade, querer saber quem comprou, se está lendo, qual a opinião dele. Na última página do livro coloquei meus e-mails, na vã esperança de receber alguma impressão sobre o livro.

*Pergunta feita por @leitoresestranhezas

 Qual foi a primeira frase que te veio à mente quando o seu trabalho estava concluído?

      “Grato Senhor”. Quando recebi as caixas de livros, abri uma, espalhei os livros no chão da minha casa, ajoelhei-me e agradeci a Deus, depois abracei minha família. A primeira fase estava concluída. 

*Pergunta feita por @cantinhoodos_livros

 Você escolheu a poesia ou ela te escolheu?

    No livro eu conto o processo que me levou a escrever poemas. Em resumo eu diria isto: Aos 24 anos estava num processo de depressão, um amigo psicólogo aconselhou-me a escrever um diário, achei cansativo e foi aí que encontrei um poema de autor desconhecido que falava de sorriso triste, não gostei, pois para mim o sorriso sempre traz alegria, então modifiquei aquele poema e dei o título de “Sorriso feliz” que está à página 16. Foi meu primeiro poema. Creio que foi a poesia que me encontrou, pois ela me faz dizer muita cosa em poucas palavras e foi ela quem me ajudou a sair da depressão.

*Pergunta feita por @entreparadoxosliterarios

 Em que momento da sua vida você descobriu que queria ser escritor?

      É complicado responder, justamente porque no Brasil não há incentivo para tal função, a gente descobre pela força de vontade. Desde criança amo livros, mas foi a partir dos 24 anos que passei a escrever poemas e descobri que gostava disso, mas no Brasil isto não quer dizer nada. Querer viver da escrita é sonho para poucos. Não me deixo enganar com essa utopia. Escrevo porque amo, porque me divirto, sucesso é um detalhe que depende de muitos fatores. Hoje temos as mídias digitais ao alcance de todos que facilita, nasci noutro tempo, mas continuo com a vontade de aprender e fico a bisbilhotar este novo meio de comunicação. Estou aprendendo a ser um escritor digital.

Existe a versão em e-Book à venda na amazon.com e na folha.com, procurar por nome de autor e ou nome do livro. Em papel, com entrega grátis para todo o Brasil procurar no site www.desdequetevi.com.br


Agradeço a todos pela oportunidade de falar sobre meu livro e sobre mim. Deus continue abençoando vocês. Abraço.  



Espero que tenham gostado. Adorei elaborar as perguntas do LH.^^ 

Obrigada ao Autor por nos conceder essa entrevista e aos igs literários que ajudaram enviando suas perguntas!

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