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sábado, dezembro 23, 2017

Resenha: Navegue a Lágrima, Letícia Wierzchowski

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Título: Navegue a Lágrima | Autor (a): Leticia Wierzchowski | Editora: Intríseca | Páginas: 219 | Gênero: Ficção | Classificação: 
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Sinopse: Uma casa de praia, num idílico balneário no Uruguai, é o cenário de duas histórias de amor e perdas, separadas no tempo. Consumida pelo luto, a editora Heloísa escolhe se afastar da cidade onde morava e levar uma vida de isolamento na residência de veraneio que pertenceu à Laura Berman, uma escritora consagrada. Entre muitos drinques, cercada de pertences e memórias dos antigos moradores, Heloísa começa a ser visitada pelas lembranças guardadas entre aquelas quatro paredes: a correria de crianças, dias de sol preguiçosamente passados à beira da piscina, o romance terno de Laura e seu marido Leon. Se é delírio ou magia, a nova moradora não consegue distinguir. Aos poucos, enquanto revira baús, ela mergulha no universo conflituoso da escritora, descobre pequenas traições cotidianas e o inexorável desgaste realizado pela passagem do tempo nas relações mais sólidas. Essa compreensão permite que, lentamente, Heloísa consiga enfrentar seus próprios fantasmas e desvelar a história de uma grande paixão. 

       Navegue a Lágrima é um romance puro e mágico, onde conhecemos duas histórias de amor, perdas e recomeço entre dois casais totalmente diferentes, unidos por uma casa de praia.
       Heloísa é uma editora renomada, que após a morte do seu grande amor, decide largar tudo para morar em uma casa no interior litorâneo do Uruguai, antes pertencente à Laura Berman, uma autora consagrada, e sua família.


       Entre fotos e taças de vinho, Heloísa passa a receber visitas peculiares dos antigos moradores da casa, que retornam em forma de fantasmas, cada vez em um verão diferente. Eles parecem não nota-la, e assim ela passa grande parte do tempo olhando o intenso romance entre Laura Leon, seu marido, e a diversão dos filhos.

       O livro é narrado pela Heloísa, que passa a debulhar sua triste história com o ex-marido, e o falecido namorado, sempre comparando de alguma forma com o romance entre os antigos moradores da casa. O estranho é que ela nunca teve nenhum tipo de convivência com eles, e saber de tanta informação da vida dos Bernam chega a ser muito estranho, nos levando a duvidar das suas histórias. Mas tudo parece se encaixar, formando um final perfeito. Navegue a lágrima tem um enredo bem diferente, sendo contado no passado. Na atualidade, Heloisa já passa dos 60 anos.


        Diferente dos outros livros que já li com uma escrita tão diferente, esse me deixou totalmente envolvida com a trama e muito satisfeita com o final.
E o que foi que a vida fez com o calvário emocional de Leon, como que a moeda lhe devolveu aquele profundo mergulho em si mesmo, nas trevas e luzes da própria consciência? Antes que tivesse a coragem de chamar Laura para uma conversa franca, passados dois meses do primeiro encontro com Julia, inesperadamente Laura interpelou-o numa tarde e, entre espantada e eufórica, contou-lhe que estava grávida. Simplesmente assim.

       A Editora Intrínseca fez um trabalho incrível com a edição do livro. A capa e lombada são lindas, a diagramação e muito simples e charmosa, com letras em azul marinho e divisórias de capítulo totalmente azul. Um charme!
Porque a felicidade - e esta história, creio, versa um pouco sobre isso, sobre um tempo especial da vida em que todas as coisas parecem perfeitamente encaixadas, unidas com graça, elevadas por uma simbiose perfeita- ,bem, a felicidade é sutil, é discreta e delicada feito um beija- flor, esse passarinho que consegue a proeza de bater asas até oitenta vezes em um unico segundo, hábil artesã das coincidências.

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